Carlos Fonseca – 41 anos

Aldeia de Trinta

“Sou presidente da Junta de Freguesia porque nasci aqui e identifico-me com a aldeia. Sempre me entusiasmei pelo movimento associativo, sempre gostei das tradições. Fiz parte do grupo de teatro, aliás, o grupo de teatro esteve também no nascimento de uma associação juvenil, a Raiz de Trinta. Geríamos o Café Convívio Ecológico, onde não se bebiam bebidas alcoólicas, onde não se fumava e onde se faziam muitas actividades. Havia muitos jovens. A maior parte deles foi para fora, procurar novas oportunidades, principalmente no estrangeiro, França e Suíça. Tínhamos aqui muitas fábricas e directamente na indústria têxtil chegaram a estar empregadas 800 pessoas, dos Trinta e das aldeias vizinhas. Permitiu outra coisa importante que ainda hoje se vê: temos o banco, temos farmácia, uma padaria, posto de correios, uma série alargada de serviços. Os melhores momentos? Quando chego da Guarda e venho para os Trinta. Sou técnico especialista de informática, trabalho no Politécnico e tenho o hábito de almoçar nos Trinta. E o momento que gosto mais durante o dia é quando regresso do trabalho e venho para a minha aldeia”