Liliana Costa – 33 anos

Aldeia de Trinta

“Sou da aldeia vizinha e estou aqui a viver há quatro anos. É óptimo. Temos Multibanco, temos farmácia, temos Correios, temos sete ou oito cafés, temos bombas de gasolina, serralharias, temos um senhor que assa leitões. É uma aldeia com muita história: as fábricas de tecelagem, que hoje só uma está aberta. Há bastante gente emigrada. Os grupos de bombos continuam cá e continuamos a tocar se houver actuações, cavaquinhos igual, mas muitos acabaram por sair. Como o grupo de teatro, que está parado. A qualidade de vida é espectacular. Desde que tenho os meus amigos… Gosto de trabalhar no Café porque consigo estar mais tempo com eles, acabo sempre por vê-los a todos. Tenho saudades dos que foram para fora, tenho saudades de peças de teatro, daqueles convívios que tínhamos antes de fazer uma peça de teatro. São tempos que não voltam”